Peter
Ouvia-se apenas o
cavalgar dos cavalos, nesta noite fria de inverno, luzes fracas , casas e ruas
vazias, troncos ocos e árvores sem folhas, vilarejos esquecidos , e ventos
gelados, tão gelados, capazes de gelar até a alma.
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É, o frio predomina aqui,
aqui em Althor.... Ainda mais com nosso governante , um velho tirano! Mais shh!!! Dizem que prefeito possui
soldados espalhados por aqui, e
que se alguém falar mal dele , é expulso de nossa cidade .
Oi, meu nome é Peter;
tenho 15 anos e moro em Althor, Inglaterra e .... Espere, estou ouvindo um
choro... de onde vem?
Olhei para trás, nada. Para os lados nada. Olhei para
frente.. Uma pequena menina.. Quem será? Me
aproximo um pouco... Gwen! Minha irmã mais nova, estava aos prantos, sentada no
chão. Seus cabelos negros, molhados,
reluziam à luz da lua.
Me ajoelhei ao seu lado, e ela me
olhou, seus olhos castanhos estavam foscos, o que me deixou com o coração
apertado.
- Gwen! O que você
faz aqui fora nesse frio??! - Perguntei.
- Eu.... Snif.....
Estava te procurando! – Explicou.
- E você estava chorando por quê? – Perguntei.
- Eu queria que a mamãe e o papai estivessem aqui com a gente!!
– Disse Gwen
Nossos pais sumiram, há 5 anos atrás, e
estamos morando com nossos avós, que
nunca quiseram dizer o motivo.. Vivemos muito bem com eles, nos tratam muito bem
- Vamos voltar para
casa, ok? – Falei
- Olhe, Peter ! – Ela
apontou algo longe.. Algo brilhante...
Fomos chegando perto
do objeto, aos poucos, consegui perceber
, e podia jurar que aquilo não estava ali antes! Era... uma espada.. E estava nova!
- Quem tem uma espada nos dias de hoje?! – Perguntou Gwen
-Eu é que sei? ás
vezes um colecionador – Falei
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- É, realmente... Porque não levamos para nosso avô? –
Sugeriu
- É ele vai gostar! -
Falei com felicidade
Nosso avô é colecionador de espadas, cada uma tem uma
história diferente.. Adoro ouvir cada uma delas e as espadas são realmente muito bonitas!
- Vamos logo irmão!
Está muito frio aqui fora! – Choramingou
- Ok, ok!!
Assim que pus minhas
mãos na espada, ela começou a brilhar, muito intensamente, e a deixei cair.
- O que foi isso?! -
Assustou-se Gwen
- E.. Eu.. n...Não sei...
– Gaguejei
Assim que ela caiu,
seu brilho diminuiu, até sumir e se parecer com uma espada normal.
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- Bom, vamos logo, pegue-a novamente, desta vez, sem deixá-la cair . – Explicou Gwen.
Peguei –a novamente,
começou a brilhar, mas desta vez já estava preparado e não a deixei cair. Fomos
para nossa casa, percebi no caminho, que
seu brilho ia diminuindo aos poucos, até sumir totalmente, e virar uma espada
normal.
Entrei em casa, já
era tarde, eu acho. Pois meu avô estava
nos esperando na poltrona da sala, o que sempre me assusta. O local da poltrona
fica muito escuro a noite, e vê-lo
sentado lá, sempre me dá uns arrepios!
- Peter, Gwen, o que vocês faziam na rua até agora? Eu posso
saber? – Ele perguntou com um ar que me deixou mais assustado
- A gente estava... – Comecei
- Estávamos comprando comida! Mais Pelo visto, estamos atrasados
e... – Completou Gwen
- Peter.. Isso na sua mão.. – Interrompeu vovô
Quando ele falou, já
estava perto de mim, tirando a espada de minhas mãos. Quando ele olhou para ela
... Ficou totalmente branco, seus olhos se arregalaram e disse:
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-Não pode ser.. Isso não...
-Isso o que vô? – Perguntou Gwen
- Gwen! O que vocês estavam fazendo quando acharam essa
espada? – Começou a se desesperar
- A gente estava
vindo pra cá, quando essa espada começou a brilhar. A gente parou para vê-la ,
e quando Lucas a pegou, ela brilhou mais intensamente..
- Isso não... – Falou
vovô
- Eu..Eu vou...dormir! – falou vovô
-Mas vô, e a espada? – Perguntei
- Não! Afaste essa coisa de mim! – Exclamou
E ele saiu,
correndo.
- Lucas, porque ele... – Começou Gwen
- Eu não sei.. – Terminei
- Vamos para o meu quarto! Lá dá pra ouvir a conversa deles!
– Exclamou Gwen - vovô com certeza vai
acordar a vovó!
O quarto de Gwen ficava do lado do quarto de nossos avós, ou
seja, dava pra se ouvir tudo o que acontecia no quarto deles.
Pusemos as orelhas
na parede e ouvimos:
- Marta! Acorde! –
Exclamou vovô
- O Peter ! Ele
achou a espada! – Falou
- O... o quê?! –
Vovó abafou um grito
- Sim! O sinal! A
espada brilhou nas mãos dele!
- Então... era
verdade.. Raquel tinha razão!
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- Não devíamos mantê-los aqui na Inglaterra .. Agora que Peter achou a espada, é só questão de tempo até
que... – começou vovô
- Até que outro instrumento ache Gwen... – Completou vovó
Nessa hora derrubamos uma boneca de Gwen, era de pano, mas
fez barulho o suficiente para chamar a atenção de nossos avós:
-Marta.. Você ouviu isso? – Perguntou vovô
-Não, meu amor. Você deve estar muito abalado com isso
tudo, e está ouvindo coisas, é melhor
irmos dormir ... E amanhã...
E paramos de ouvir, estávamos muito abismados para continuar ali. E abalado? Como vovô
podia estar abalado? De acordo com ele, MEU destino estava selado, EU
estou abalado e não ele!
E esse troço de instrumentos, destino, nossa mãe avisou a eles, como assim?
Estava tudo muito confuso...
- Peter.. Eu quero ter uma vida normal – Gwen falou baixinho, e me abraçou
- Calma, vamos
entender o que é tudo isso, mas antes, que tal dormir? – Sugeri
- Ok.. – ela falou.
No dia seguinte, o
clima estava pesado. Vovó olhava para
todos os cantos da casa, mas não conseguia olhar em meus olhos; vovô olhava a rua, eu estava no sofá lendo
livros da escola e Gwen dormia. Quando vovô me chamou. Eu me apoiei no
parapeito da janela, ao seu lado, e depois de alguns minutos em silêncio, ele
falou:
- Gwen precisa sair daqui ..
-Como assim? – Perguntei apesar de saber exatamente do que
se tratava .
- Fazer um curso
fora, estudar em outro país..
-Vovô, nós não temos como pagar esse tipo de coisa . –
Falei.
- Mais Gwen PRECISA
sair daqui e... – Ele falou.
- Eu preciso do quê? – Gwen falou, aparecendo por trás da porta,
esfregando os olhos e toda descabelada.
-De... De um café da manhã! – Vovó entrou na conversa. – Já
vou prepará-lo , Roger, porque você não vem comigo?
- S..Sim! – Falou vovô já saindo para a cozinha.
4
Então ficamos eu e
Gwen na sala, quando ela olhou pra mim e
franziu a testa ( o que a deixava meio engraçada, pelo fato de estar toda descabelada e com o rosto marcado por
causa da cama) :
- Vovô parecia tenso..
- É.. – Consegui dizer . E percebi que vovô queria tirar Lana na França sem seu
consentimento.
– E eu não imagino porque... – falei. Parecia injusto
deixá-la ter o destino selado, mesmo que
não saibamos porquê.
- E a espada, o que você fez com ela? – Perguntou Gwen.
- Ela está em meu quarto... – Respondi depressa
- Pensando bem... Você também está estranho! - Gwen
disse apontando o dedo em meu nariz.
- É só impressão sua!
- Eu tentei mentir, mais seus
olhos castanho - caramelados penetravam
em meus olhos, me forçando a dizer a
verdade. Eu simplesmente, odeio quando ela faz isso !!
-Fala! Peter! – Ela insistiu.
-Não é nada! Pare de insistir! – Falei quase gritando.
Eu estava ficando quente, sempre que eu fico com raiva eu
começo a ficar vermelho, e esquento por
dentro. Gwen viu que era melhor não insistir, e parou de me olhar daquele jeito , e mudou de assunto:
-Bem, esqueça. E o que vamos fazer quanto aquele assunto?
5
Cap2 – Meu
mundo vira de cabeça para baixo
Gwen
O rosto bronzeado de meu irmão, estava ficando vermelho, e seus olhos expressavam
uma imensa raiva, achei melhor parar de
pressionar. Afinal, quando ele está com
raiva de verdade, é de dar medo!
Nós somos muito diferentes, tanto fisicamente quanto
interiormente. Seus cabelos são Caramelados,
seus olhos são azul turquesa, e sua pele é bronzeada. E ele é muito mais
calmo que eu, e gosta muito de esportes.
-Eu ainda não sei.. – Ele respondeu.
- O que será que iremos fazer no futuro de tão importante?!
- Perguntei
- Não sei, e não tenho tanta certeza se quero saber! Nem sei
se eu quero ter meu destino selado, por
uma espada!
-Seu café, minha querida! – Nossa avó entrou na sala, com uma pequenina xícara, em mãos.
-Seu café, minha querida! – Nossa avó entrou na sala, com uma pequenina xícara, em mãos.
- Ah.. Obrigada Vovó. - Eu disse sorrindo.
- Eu vou estudar.. –
Disse Peter, indo para o quarto.
Eu bebi meu café , e me sentei ao lado de vovó, no sofá, e
ficamos vendo TV. Eu estava muito cansada, acabei de acordar, mas eu dormi
muito mal de noite, tive pesadelos, e
fiquei um tempo pensando naquele troço de destino selado, de instrumentos, e principalmente em nossos
pais, o que eles tem haver com isso tudo
? Então sem perceber, eu dormi, nos
braços de minha avó, e tive um sonho.
Eu estava voando, em
cima de... Era um Pegasus! Com um..
chifre? Um pegasus – unicórnio com asas majestosas , e malhado, e eu estava em seu dorso, eu podia sentir o que ele sentia, ele estava feliz, apenas por estar voando. E eu estava ouvindo um
grito, vinha de trás, quem... Era Peter! Ele estava gritando muito, quase
caindo, sua pele bronzeada, agora estava branca, e seus olhos estampam medo, e eu ria, ria muito! Ele estava muito
engraçado! E eu estava feliz, muito
feliz, apenas o fato de estar voando, me fazia rir à toa! E então o sonho mudou , agora eu estava em um local escuro; meu Pegasus-unicórnio já não estava mais lá, estávamos apenas, eu e
meu irmão, e sombras corriam em volta de
nós, o que eram? Peter empunhava sua
espada, e eu estava segurando, alguma coisa também.. Quando Peter
Cortou o ar com sua espada, eu tentei gritar : Não!! Então algo me agarrou,
tentei me livrar daquela coisa, era angustiante, eu não podia me mexer! E então
acordei.
6
Eu estava suando frio, vovó, vovô e Peter estavam ao meu redor quando eu acordei.
-Um Peg... – Começei.
- Não! Não fale nada, minha querida! -
Falou vovó, como se eu estivesse com uma doença séria. – Você estava murmurando palavras, e rindo,
quando do nada, você começou a suar, e começou a se contorcer, e acordou. Nós
estávamos muito preocupados.
- Não.. Eu estou bem. Só tive um sonho, um sonho muito
estranho, mais.. – Falei
- O que você sonhou exatamente? – Vovô me interrompeu.
E eu expliquei como foi o sonho e vovô sentou no
sofá,franziu a testa e pôs a mão no
queixo. Sempre que está pensando, ele faz isso. Ele olhou pra mim, e saiu. Vovó
vai atrás dele , e ficamos apenas, eu e meu irmão na sala.
Ele senta do meu lado, e me olha. Seus olhos azul- turquesa,
me fitaram, e eu percebi o que ele pensava. Que isso tinha algo haver com tudo o que ouvimos ontem de nossos avós.
- Isso tem haver com toda essa confusão, não é? – Ele
perguntou.
-Eu também acho isso.. – Respondi.
- Temos que arranjar
um jeito de descobrir o que está acontecendo aqui! – Ele falou.
-Pois é! Mas como? E que bicho era aquele de meu sonho? – Perguntei – Eu
estava me sentindo tão bem..
- Já faz muito tempo.. Que eu não..Me sinto como eu me senti
nesse sonho.. – Eu falei. Desde o sumiço de nossos pais, minha vida nunca mais
foi a mesma, eu tinha apenas 7 anos, e Peter 10.. sofremos muito, e eu nunca me
recuperei.
- Gwen, eu prometo,
vamos desvendar esse mistério!! – Ele
disse confiante. Agora seus olhos mostravam um brilho, um brilho diferente.
No dia seguinte, eu
havia acordado cedo. Era segunda, eu tinha escola, e mais uma vez eu havia dormido mal, pesadelos, e pensamentos, atormentaram minha
noite, ou seja, eu estava de mau humor.
-Gwen... O que você acha de um curso fora da Inglaterra? –
Disse nosso avô, sentado á mesa do café, com vovó.
- É minha querida, será bom para você. – Disse vovó.
-Ahn ? Curso fora da Inglaterra?! Vocês estão loucos? – Gritei. Então é assim?
Minha vida muda repentinamente, e para fingir, que nada disso está acontecendo,
eles querem me tirar daqui, e me impedir de descobrir a verdade?!
8
- Calma, minha querida!
A gente só queria o que fosse melhor para você! – Minha vó disse.
- O que for melhor para vocês! Vocês acham que eu não sei que.. – Começei.
Nessa hora, Peter chegou na cozinha, e com a boca cheia de
espuma, com uma escova de dentes em mãos. Aquela cena, me fez esquecer a fúria,
eu fui abrindo um sorriso, e caí na gargalhada. Acho que era isso que ele queria,
quando apareceu lá daquele jeito. Bom pelo menos eu acho. Então percebi
que Peter me olhava de uma maneira
repreensiva e olhei para meus
avós. Eles estavam me olhando abismados. Então senti
pena, eu não devia ter gritado com eles.
-Me desculpem, eu dormi
muito mau de noite tive pesadelos, pensei muito, acordei com mau humor.. Enfim, desculpem. –
Falei já de cabeça baixa.
-Tudo bem, minha
querida, nós entendemos.. – Disse vovó – Agora, porque não se senta, e toma
café com a gente!
- É você tem razão. – Me sentei, e olhei para Peter.Ele
piscou Pra mim, com aprovação, e eu dei
um risinho, ele estava muito engraçado!
Tomei café, e fui
para a escola. Como sempre, muito movimento,
muitos adolescentes e crianças
andando de um lado para o outro. Mais um dia, mais uma segunda, e uma palavra: Insuportável. Eu não consigo ficar mais um dia nessa escola
, ninguém gosta de mim aqui, apenas uma
pessoa, Steeve. Ele é meu único amigo e é da minha sala.. Sempre
que vão me perturbar , ficar se gabando pra cima de mim, ele chega, e me defende.
As pessoas também perturbam ele, e ele fica na dele, mais quando é comigo, a história é diferente, ele chega e me defende na hora, e põem pra
correr qualquer um.
Ele estava andando de cabeça baixa pelo pátio, com alguns
meninos ridículos, rindo dele pelos cantos.
Eu cheguei perto, e perguntei:
-O que está havendo stev?
- Entendi.. Bom, mais porque não deixamos isso de lado e
vamos fazer algo de divertido hein? – Convidei .
-Eu não estou muito afim.. – Ele falou.
- Ahh! Esquece isso! –
Puxei ele e sai correndo. Eu o
estava levando para um lugar, um lugar onde ninguém nos atrapalha, aposto que
nem sabem da sua existência.
8
Logo atrás do colégio, existe um buraco no muro, passamos por lá, e entramos em uma clareira,
rodeada
de árvores, arbustos, flores, o mato lá é sempre baixo.
Apesar das muitas árvores, conseguimos ver o céu azul. Sempre que estávamos
tristes, íamos para lá. Parecia que a natureza nos fazia sentir bem, o canto dos pássaros era como uma melodia.
- Só você para me fazer sentir bem, em um momento difícil
como esse.. – Ele falou.
-Então se eu estou te fazendo bem, vamos esquecer a parte
ruim, que tal?
Peguei umas folhas e
pus no cabelo,uns galhos na orelha e flores no nariz, eu estava me sentindo
ridícula, mais precisava fazer isso para
fazê-lo sorrir.
- Como estou? – Perguntei fazendo uma careta.
Quando me olhou, ele
começou a gargalhar. Seus cabelos
castanhos brilhavam á luz do sol, e seu
sorriso contagiante me fez sorrir também.
- Terrivel! - Ele
riu. – Mais mesmo assim, continua linda!
-Eu sei que não estou linda, mais mesmo assim, obrigada. –
Eu disse rindo.
Nessa hora o sinal tocou, voltamos pelo mesmo caminho e já
estávamos no corredor do colégio, quando ouvi um soluço. Olhei para o lado, era Steeve!
Ele me olhou e eu pude ver seus
olhos vermelhos, e lágrimas escorrendo de seus olhos. Ele estava pensando em
sua mãe..E então eu o abracei. Algumas poucas pessoas ainda passavam no
corredor, se dirigindo ás salas. Mas para minha infelicidade, uma dessas
pessoas era Michael Wallbrock.
-Olha só! O casalsinho de rejeitados no meio do corredor!
Então olhei para ele: alto, e gordo. Em seu rosto pude ver fiapos de barba nascendo, e seu cabelo
encaracolado estava todo emaranhado. Seriam bonitos, se ele tratasse melhor de
seus cabelos. Ou seja, um típico valentão de 2º ano!
Ele olhou para Steeve e percebeu que este havia chorado, e
falou:
-Estava chorando Smith? É muito mulhersinha mesmo!
- Cale a boca Wallbrock! – Falei já irritada.
-Além de mulhersinha, precisa de outra para protegÊ-lo! – Ele falou andando em minha
direção, ele iria encostar o dedo em mim, mais... Steeve fez uma coisa que eu nunca imaginaria que ele fosse fazer.
Ele já estava vermelho, agora não de
chorar, mais de raiva. Segurou no
colarinho de Michael, o levantou na
parede e disse:
- Não encoste um dedo nela!
9
- Você não vai querer saber! – Ele disse cerrando ainda mais
o pulso em volta do colarinho.
- Sr. Smith! Wrzuć ją teraz! Και οι τρεις , venire nel mio
ufficio! AGORA!
E começamos todos os
três a rir muito! A imagem da diretora,
estava muito engraçada! Seus cabelos
brancos, penteados com tanto cuidado,
agora estavam arrepiados, sua mão cerrada tremia, e mostrava muita raiva diante de nós três
gargalhando alto! Mais era impossível!
Ela estava muito engraçada!
Mais no final, fomos para casa mais cedo, o que foi bom pra
mim, não aguento nem mais um minuto naquele colégio insuportável! Menos Michael, como sempre ele saiu impune da
história.
Chegando em casa, algo estava
estranho... Peter estava sentado no sofá, e pelo que percebi, nossos avós
haviam saído.
-Peter.. Tudo bem? – Perguntei me
aproximando dele.
Ele me olhou e depois voltou á
olhar o chão.
- Peter? – Falei – Eu estou aqui
sabia!?
- Gwen... Perigo... Estamos em
perigo.. O prefeito .... – Ele tentou terminar, mais acabou em um suspiro.
- Oquê? O que o prefeito tem haver
com isso?! – Perguntei já sem paciência
- Nada.. Mais só me promete uma
coisa! – Ele falou olhando meus olhos –
Prometa que vai ficar bem, longe de todo
e qualquer perigo!
- Eu ...– Falei quando fui interrompida por nossos avós,
que estavam entrando na sala.
Peter virou o olhar e foi para seu quarto, o que
achei muito estranho. Como se...como se
ele e nossos avós tivessem brigado...
- Vô.. O que aconteceu com o
Peter? – Perguntei.
10
-Nada minha querida, ele estava
assim, o dia todo.. – Ele disse.
-Mais vô.... – Eu tentei dizer,
- Vá para seu quarto, querida, eu irei levar o café para você- Vovó
disse.
Bebi o café, e fiquei ouvindo
musica, por um tempo. Depois fui
estudar, e antes que eu pudesse ver, já estava de noite, e já era hora de
dormir.E sonhei
Eu estava novamente voando.. no
mesmo pegasus- unicórnio , mais dessa vez,
não apenas Peter estava lá ,mais
também Steeve. Nós três estávamos
rindo alto, e meu pegasus-unicórnio
relinchou de felicidade. Como eu
sei? Eu era, de alguma maneira ligada á ele, o que ele sentia, eu podia sentir
também, éramos um só. Então eu pude imaginar o que ele pensou: ‘’Você tem
vontade que isso seja verdade’’ ? E eu
disse ‘’ eu acho que.. sim.’’ E então
acordei com meu celular despertando ao som de Demi Lovato. ( Minha Diva!)
Sai do quarto, e me sentei á mesa ao lado de Peter e de
nossos avós. Após o café, me visti e fui para o colégio.
Chegando lá, olhei para o muro,
onde Steeve sempre me esperava, e ele não estava lá.
-Será que o sinal já tocou? –
Falei.
Entrei no colégio, e então na sala. A cadeira
de Steeve estava vazia.. ‘’Onde ele estará? Não veio no colégio? ‘’ pensei.
‘’Bem, vou ficar aqui, as vezes ele se atrasou!’’
pensei. E fiquei até a hora de sair. Ele não havia chegado. ‘’ tudo bem, algo
sério aconteceu’’ Eu pensei. Steeve nunca falta a aula, nem quando esta doente!
Nunca!
Mais mesmo após esses pensamentos,
achei melhor ir para casa, estava com um pressentimento ruim.
Pois bem. Cheguei em casa, vovô estava
em seu sofá, lendo seu jornal, como sempre, e vovó na cozinha, preparando o almoço. ‘’Um dia normal’’ pensei. Não tinha noção de como estava
errada. Quando fui ao meu quarto, dei
uma passada no de Peter, queria ver meu
irmão, e descobrir o que avia de errado
com ele. Mais ele não estava lá, e, por alguma razão, seu quarto estava vazio, sem nada, apenas sua
cama , os quadros e pôsteres. O que estava acontecendo?
Fui correndo até vovô e perguntei:
-Vovô, aonde está Peter?
Ele colocou o jornal em cima da
mesa, tirou os óculos e me olhou sério:
-Precisamos conversar, querida.
11
- Sim, precisamos! – Falei
- Peter, não está mais nesse mundo, ele precisou sair daqui, para se proteger. –
Ele falou, como se fosse a coisa mais normal do mundo!
- Desse mundo? Tipo, da Inglaterra
? – Perguntei meio confusa.
- Não. Ele saiu da Terra.- Ele
falou.
- Ã? COMO ASSIM DA TERRA? –
Perguntei, com raiva, pois ele estava falando de maneira muito tranquila.
- Acalme-se Gwen, ele está bem, e outro mundo, longe dos perigos.
No mundo dos sonhos. – Disse vovô.
-Mundo de sonhos? Vovô, eu não
tenho mais 4 anos para acreditar nisso! Vamos logo! Diga-me! O que esta
acontecendo aqui? – Falei já sem paciência.
- Deixe-me explicar. Você e seu irmão, nasceram com os mesmos dons de seus pais, vocês podem atravessar um mundo fantástico,
um mundo de fantasia, um mundo onde
nada é real, porém, mais real do que muitos conseguem ver. Todos os seres mágicos existem lá. Fadas,
ninfas, unicórnios, dragões.. Tudo!Tudo o que crianças imaginam, e criam, vão
para lá também, um lugar de fantasias. Peter sabia do perigo quando aceitou ir E ele reconheceu isso, e foi, por pura e espontânea vontade.
Eu estava sem palavras. Como... Um mundo mágico?
-Eu tenho que achar meu irmão! Ele
tem que ficar do meu lado! – Eu disse desesperada. Eu não podia acreditar! Como
que ele me deixou??? Aqui sozinha? Apenas com nossos avós, e com Steeve? Crescemos juntos, moramos juntos, como que ele vai embora sem
nem mesmo se despedir?!
- E que perigos? - Perguntei, agora com medo.
- Alguém está atrás de vocês dois, pois se ele
conseguir pegar vocês, ele conceguirá passar pela porta, desse para o
mundo fantástico, e assim, comandá-lo.
Por isso, Peter foi para lá. Pois seus poderes despertaram apartir do momento que vocês acharam aquela
espada.
- E, porque eu.. Não fui também –
Perguntei.
- Porque você ainda é nova,
acredito que seus poderes ainda não tenham despertado. – Ele falou, o que me
deixou com raiva.
- Então, quando os meus
despertarem , eu irei para lá também?! E tudo por causa do prefeito? Você ta de
brincadeira né! Afinal se o problema é esse alguém, porque não tentar Pará-lo? Por na prisão! Sei lá!
12
-
Acalme-se, vamos dar um jeito nisso!
- Ele disse me abraçando. Eu precisava disso, de um abraço. Tudo estava
tão confuso, tudo.. Embaralhado. Foi então,
que me lembrei do meu sonho, do meu Pegasus, meio unicórnio. .. Como eu
queria.. Voar.
Foi então que ele olhou pra mim, e
pude entender o que ele dizia : Oi Gwen!
Tudo bem?
Eu caí pra trás assustada , apontei pra ele e disse:
- V..Você.. Fala?!
- Como assim Gwen? Ele não disse
nada! – vovô disse.
- Siim ele falou! – Eu disse
‘’ Só você pode me ouvir’’ – Ele
falou, e bufou.
- Só eu posso te ouvir? – Falei já
intrigada.
‘’ Sim, afinal foi você que me
criou! ‘’ – ele falou e relinchou em alegria – ‘’ por falar nisso, obrigado! ‘’
- Eu criei você? – Eu perguntei,
me levantando.
Então pude ver. Esse garanhão, era
muito maior do que qualquer outro cavalo normal, tanto , Ao seu lado, eu
parecia pequena. Fui me aproximando, e toquei em sua crina. Era macia, parecia
seda.
- Eu criei você de verdade? –
Perguntei
‘’ sim! ‘’ – Ele respondeu.
13
- Gwen! Você criou um pegasus – unicórnio! Seus
poderes! Ativaram! - Ele falou, com um
olhar de desespero nos olhos.
- Não!Vovô! Eu não vou para lá! –
Falei um tanto desesperada.
- Minha querida.. Você precisa.. –
Falou, ele de maneira calma.
- Não! Eu vou salvar Peter, e
juntos, vamos parar esse prefeito doido! Vamos prendê-lo, para que ele nunca
mais atrapalhe nossas vidas aqui! – Gritei.
- Se você sabe mesmo voar, por
favor, me leve daqui, e vamos juntos procurar por meu irmão! – Falei montando
em meu pegasus – unicórnio.
‘’ claro! Agora, se segure! ‘’ –
Ele avisou – ‘’ é o seu primeiro voo né?’’
-Sim! – Disse, e montei, por
completo, segurei em sua crina de seda, e me preparei.
- Minha querida! Não vá atrás
dele! Fique aqui! – Vovô falou, correndo em minha direção.
Nessa hora minha avó saiu pela
porta da cozinha, me olhou em cima desse pegasus – unicórnio e arregalou os
olhos.
- Gwen! – Ela gritou.
Pegasus-unicórnio começou a correr
para levantar voo. Olhei para trás e me senti culpada. Eu estava deixando meus
avós sozinhos. Mais eu precisava salvar Peter!
Para que juntos, podermos voltar e morar novamente com nossos avós!
- Vovô! Vovó! Eu amo vocês!
Prometo voltar com Peter ! Vamos acabar com toda essa besteira de prefeito! Eu
prometo! – Gritei.
E levantamos voo. Um frio na
barriga tomou conta de mim, e eu fechei os olhos. E quando abri novamente, Pude ver toda a cidade de cima. Uma vista,
realmente bonita. Porém, o vendo gelado do inverno, me fez congelar. Eu nem
tinha tirado a blusa da escola!
Até que passamos por cima, da casa
de Steeve, e me senti na obrigação de ir vê-lo.
-Desça, por favor. Preciso ver
um amigo. – Pedi, ao meu
pegasus-unicornio.
‘’ Aonde? Muitos carros, passam
por aqui!’’ – Ele falou, olhando para os
lados
-Vamos para o parque, lá é campo
aberto, e você pode se esconder no meio das árvores. Falei apontando para uma
pequena área verde, em meio á cidade.
‘’ O.K. ‘’
Ele pousou. O que me deixou com
frio na barriga novamente. Desci dele, e
falei:
14
- Por favor, fique aqui, e me
espere. Eu não vou demorar!
‘’ Pode deixar! Vá lá encontrar
seu amigo! ‘’ – Ele falou, e se despediu, relinchando alto.
Eu comecei a rir, e disse
- Acalme-se! Quer que alguém nos
veja!?
E saí. Correndo, muito.No caminho,
pensei: ‘’ porque não levar Steeve comigo? Não seria justo deixá-lo á mercê
daqueles garotos ridículos da escola.
Chegando lá. Espiei por cima do
muro de sua casa. E a encontrei toda fechada. Toquei a campainha, uma. Duas.
Três vezes. Na quarta, fui atendida por seu pai. Paul Smith
Parecia que tinha tido uma noite
um tanto difícil. Pois tinha olheiras enormes.
- Bom dia, Sr. Smith. Eu poderia
falar com o Steeve, por favor? – Pedi.
-Claro. Não gostaria de entrar? –
Ele convidou.
- Não, obrigada. Estou bem aqui. –
Falei.
Ele entrou, e pude ouvi-lo chamar
por seu filho. Steeve apareceu. Quando seus olhos encontraram os meus, pude ver
a imensa dor, contida neles. Sua mãe havia piorado.
Eu o abracei. E o senti relaxar.
Quando ele se recompôs, eu expliquei a história toda para ele. O mundo mágico,
o sumiço de Peter, meu pegasus-unicórnio, e todo o resto. E é claro, o convidei para partir na procura de
Peter, conosco.
Ele me olhou confuso. Virou as
costas e disse:
-Me desculpe. Mais eu preciso
ficar perto de minha mãe nesse momento..
Adicionar legenda |
Eu fiquei muito triste, pois
contava com ele perto de mim nesse momento. Mais por outro lado, entendia
totalmente seus motivos.
Quando já tinha perdido todas as
esperanças, eu o ouvi gritando:
- Gwen! Espere! Eu vou com você! –
Ele falou correndo em minha direção.
Nesse momento, tudo se iluminou, e
eu me senti bem. Ele voltou para casa, e depois de alguns minutos, pude ver ele
ainda dentro de casa, com seu pai dando um beijo em sua testa, e o
despenteando. Ele saiu de casa, com uma pequena mochila nas costas, e saímos
correndo.
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Cap 3 : Reviravoltas
Steeve
Minha cabeça estava á mil. Muitas
coisas haviam acontecido nas últimas 24h. Primeiro: Tive um sonho
estranho. Sonhei que eu estava voando. Gwen
estava na minha frente e íamos para um local, ao qual eu não sabia. E então a
imagem muda. Estou em um imenso palácio, onde uma voz, vinda do fundo, dizia :
viaje com Gwen, Venha até aqui, neste mundo e encontre a cura para sua
mãe!
E então eu acordo com meu pai, me
dizendo que minha mãe estava piorando e que eu devia ligar para o médico,
enquanto ele pegava os remédios dela. E depois, chega a Gwen, me contando uma história maluca, sobre Mundo mágico,
sobre como seu irmão estava desaparecido, sobre o prefeito do mau, e sobre.. um pégasus- unicórnio? Mais de
qualquer maneira, achei melhor ir. 1º porque meu sonho disse para ir com Gwen e
achar a cura de minha mãe. Mesmo que pareça idiotice, algo me dis, que tenho
mesmo que ir. E 2º eu nunca deixaria Gwen ir, sozinha, para um outro mundo.
Até que eu vi, seu pégasus –
unicórnio.um grande garanhão. Muito bonito.
Ele relinchou e olhou para mim. E Gwen
fala:
-
Ele é Steeve, meu melhor, e único amigo! Ele irá viajar conosco. Você acha que consegue?
O garanhão respondeu com um
relincho alto, e Gwen riu, e falou :
- Você é uma comédia! Steeve, ele
falou que consegue, aguentaria até uns 4 .
Gwen me explicou que ela conseguia
entendê-lo, e que era para eu não me assustar. Mais eu me assustei, e não me
acostumei com isso ainda.
- Ele não tem nome? – Perguntei
-Ah é... Nós nem tivemos tempo
para isso.. – Ela olhou para ele – Qual seu nome? – Perguntou.
Ele relinchou e raspou os cascos no chão.
- Bom, então.. Vamos te dar um
nome - Gwen falou.
- Q tal.. Esperança? – Arrisquei
Ele relinchou.
- Ele não gostou.. Fogo! –
Gwen deu outra ideia.
Ele bufou e raspou a ferradura no
chão.
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- FireHoop! – Dei ideia.
Parece que ele gostou, pos começou
a relinchar e abrir as asas.
- Isso! FireHoop então! – Gwen
aceitou, rindo.
-Bom, vamos né
? Não temos tempo á perder! – Sugeri
Gwen montou e logo em seguida estendeu a mão para
mim, me convidando á montá-lo. Ela parecia uma grandiosa amazonas, e linda. Gwen estava linda. Seus olhos
castanho-caramelados brilhavam
intensamente e seus cabelos negros reluziam á luz do sol. Segurei sua mão, e
montei. FireHoop começou a trotar, então á galopar até que começou a sair do
chão, e alçou voo.
Um frio veio na minha barriga, e
eu apertei a sintura de Gwen. Ela avisou, que era para eu me segurar pois, teríamos uma viagem longa. Por falar nisso..
Para onde iríamos?
- Gwen, para onde nós vamos?-
Perguntei
- Para o mundo mágico é claro. Fire,
você sabe ir para lá não é? – Gwen perguntou.
FireHoop relinchou alto.
- Não? Como não!? – Gwen
perguntou.
Gwen abraçou o pescoço de FireHoop
e falou baixinho:
- E agora Fire?Como vamos fazer
para achar Peter?
- Nós vamos conseguir Gwen! Eu...
– E disse e então minha visão escureceu.
Eu já não estava em FireHoop com Gwen, eu
estava em um outro lugar. Era em frente á uma escola, e o idioma eu não
conhecia.. Então, apareceu em minha frente, um grupinho de amigos, em uma
conversa muito interessante, e eu queria entender o que diziam. Uma tinha
cabelos castanhos e olhos azuis, parecia nova, talvez um 13 anos. Estava abraçada com um Menino
ruivo, de olhos castanhos, ele parecia mais velho. Uns 15? E então, ao seu lado,
um menino de cabelos negros encaracolados, de olhos verdes, conversava animadamente
com uma menina loira, com uma franja negra, dividida em dois. E nessa
hora, chega uma menina de cabelos curtos, e encaracolados. Todos abraçam essa
menina. E então meu sonho muda. E eu ouso uma voz. Que dizia: - Encontre esses
adolescentes. Do outro lado do Atlântico eles estão, e ao sul você deverá ir.
Apenas eles possuem a resposta para suas dúvidas. Lá vocês irão encontrar a
entrada para o
lugar que tanto desejam, e
assim muitas outras vocês acharão. Porém,
tome cuidado, pois não só vocês procuram
pelo garoto perdido.
E então eu acordo. Estava deitado
na grama, e Gwen me olhava preocupada.
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- Steev? Tudo bem? Do nada você
desmaiou, e pousamos, para ver como você estava! - Gwen perguntou.
- Eu.. Eu tive um sonho.. – E
então eu expliquei tudo o que eu sonhei. E Gwen foi ficando pensativa.
Hoop, raspou a ferradura no chão e
balançou a cabeça.
- Fire acha que você teve uma
visão. Steev, você é vidente? – Perguntou
- Não que eu saiba. – Falei – Mais
vamos continuar, temos que achar essas pessoas! Falei, já em pé montando em
Hoop .
- Steev! Você acabou de acordar de
um desmaio, e já quer sair voando por aí?! Desce já! – Gwen falou, o que pareceu muito engraçado. E então
comecei a rir. Ela riu, e até Hoop.
Dez minutos depois já estávamos no
ar. Estávamos sobrevoando, Londres. Como pedi, estávamos, indo para o sul.
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Nessa hora, ouvimos um barulho,
ele ia aumentando, como se estivesse.... Se aproximando! Virei para trás e me
deparei com um dragão gigante. Com armadura, asas e chifre de ferro. Ele
soltava fogo, e voava á uma velocidade muito alta, ou seja, logo estaria aqui.
- Hoop! Voe! Voe muito rápido! –
Gritei.
FireHoop relinchou muito alto, e voou, muito rápido. Agora estávamos indo muito para o
sul.
E então, esse dragão soltou
fogo, e o Chifre de FireHoop começou a
brilhar, e envolveu todos nós. Como uma camada protetora, o fogo bateu foi para todos os lados, menos
em nós. O dragão, frustrado tentou, mais
2 vezes, e vendo que não dava certo, tentou uma investida, mais FireHoop foi
mais rápido. Porém , ele já estava ficando cansado, podia sentir os músculos da sua asa fraquejando, diminuído
a velocidade. A cada desvio feito por
ele, íamos perdendo altitude. Foi
quando, o dragão, já irritado, abriu a boca, e
soltou fogo. O chifre de Hoop, se iluminou, mais dessa vez, a camada
protetora não se formou, e hoop desviou.
Quando desviou, ele perdeu o equilíbrio e caímos. Gwen, começou a
gritar, e abraçou o pescoço de FireHoop, e então, tudo escureceu.
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‘’ Aonde estou?’’ foi a primeira
coisa que pensei quando acordei. Eu estava em um quarto, provavelmente de uma
menina , pois tinha pôsters de cantores e atores famosos. Fotos, revistas espalhadas pelo
quarto, o espelho rodeado de figurinhas e a parede, rosa . Olhei para o teto,
luzes embutidas e um teto de gesso, moderno, estava tão distraído olhando o
quenino quarto, que nem percebi a porta se abrindo . Uma menininha entrou.
Devia ter uns 11 anos.
Tinha os cabelos castanhos amarrados para trás, e olhos escuros. Sua
pele morena, contrastava com a blusa branca.
- Nosso paciente acordou! – falou
sorrindo radiante para mim .
- Gwen, FireHoop... – Tentei
falar.
- Não! Você ainda está fraco! –
Ela falou, correndo em minha direção e pondo o dedo em meus lábios.
- Mas... - tentei
falar, mais fui interrompido por ela .
- Acalme-se, Gwen e Firehoop estão
em segurança. Descanse, pois pelo que entendi, vocês tem uma grande viagem pela
frente!
- Como você...
- Gwen me explicou tudo. Agora, senhor dorminhoco,
trate de descansar! - Ela falou rindo.
- Então, espere aí. Quem é você,
aonde estamos e quanto tempo fiquei dormindo?
- Oh! Que indelicadeza! Meu nome é
Raiza, tenho 11 anos. Estamos em Cairo, Egito e você dormiu por 3 dias.
- Egito?! Eu dormi por 3 dias?! –
Perguntei assustado tentando me levantar, porém fui tomado por uma tonteira e
voltei a me deitar.
- Viu como ainda está fraco?
Descanse! E espere aí, irei chamar Gwen - Ela falou, abrindo a porta.
- Espere! Se estamos no Egito,
como você fala minha língua? – Perguntei .
- Eu já morei por muito tempo na Inglaterra, mais me mudei
para o Egito quando meu pai foi transferido para cá á trabalho. – Ela falou, e
em seguida saiu porta afora.
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Porém levei um susto, quando Raiza entrou
desesperada no quarto, falando:
- Gwen não está mais na cozinha!
Está tudo desarrumado, a porta escancarada..- Então ela parou e me olhou - Dois homens de terno andam rondando a minha
casa, faz uns 4 dias. Eles parecem muito ricos, usam óculos escuros de marca, e
ambos um pingente, de três cores.. Vermelho, branco e ..
- Sim! Como você sabe? – Ela perguntou, olhando pra
mim .
- São as cores do meu estado ...- Gwen te falou sobre a perseguição de alguem? – Perguntei
- Não pode ser! Aqui no Cairo?! –
Raiza indagou assustada.
- Sim! Só pode ser! Vou pegar Hoop, e vamos sair já daqui! – Falei me levantando. Senti
tonteira, mais me contive, e fiquei em pé.
- Você ainda está fraco! Não pode
sair por aí, montado em um cavalo alado! - Raiza zangou.
- Mais eu tenho que ir! Gwen está
nas mãos deles!
- Então eu vou com você! – Raiza
falou
- Então vamos!
- E Hoop? Como não o pegaram ? –
Perguntei, já descendo as escadas.
- Ele está nos estábulos, atrás de
casa. – Ela falou
E
então saímos correndo pela fazenda, estava uma manhã linda, a grama
ainda molhada pelo orvalho, o sol saindo
por trás das montanhas e uma brisa morna soprava. Nada demorou, e chegamos nos
estábulos. Corremos por entre as baias, e na ultima estava FireHoop. Montamos e
saímos correndo. Quando íamos levantar voo, Raiza falou:
- Não! Não podemos voar! O céu
está limpo e sem nuvens, todos iriam nos ver!
E então ela desmontou, e correu em
direção á casa, e logo voltou com um imenso pano em mãos. Colocou o pano em
cima dele, o que cobriu totalmente as asas. Ela montou novamente e saímos
correndo. Passamos pela porteira, e depois de alguns minutos, entramos na
cidade. Passamos pelos pequenos bairros, olhamos becos, batemos nas portas das
casas, em padarias e mercearias, falamos com as pessoas nas ruas. Com toda essa
procura, pude ver com mais clareza como é uma cidade do Egito -Totalmente
diferente de como imaginei - Prédios altos, em contraste com as baixas casas,
um extenso rio, passava no meio da cidade. Crianças brincavam pelas
ruas, pessoas saíam em seus carros para mais um dia de trabalho,
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algumas em lojinhas, e outras em
supermercados. Mais o que mais me chamou a atenção foi a maneira de se
vestirem.
Gastamos o dia todo e nada. Já
estava anoitecendo, e eu estava ficando angustiado, aonde estaria Gwen? Já á levaram? Ela estaria bem?
- Como vamos entrar? – Raiza
perguntou.
E então Hoop relinchou. Apenas agora, ele deu sinal
de vida. Creio que ele tenha ficado abalado com o sumiço de sua criadora.
- Acho que tive uma ideia. – Falei
O plano era : Hoop ia se fingir de
descontrolado na frente dos guardas. Isso iria os destrair, e tirá-los de perto
da porta, para entrarmos. E deu certo.
Já lá dentro, eu e Raiza
passávamos correndo por entre as fãs descontroladas, que gritavam, pulavam e se
descabelavam. E, como num piscar de olhos, eu estava todo molhado por uma
bebida fedorenta. Creio que uma delas tenha derramado em mim. E não demorou muito comecei á ouvir risos
vindos de trás. Era Raiza rindo de mim.
- Pare de rir! Isso não tem graça!
- É impossível, seu cabelo está
todo em pé! – Ela falou, contendo um riso.
- Jura? – falei, pondo a mão em
meus cabelos.
Porém logo seu sorriso sumiu, e
olhou fixamente para frente. Eu me virei, e entendi tudo. Ela estava olhando
para um lugar, um corredor, escuro. E no final dele, estava uma grande porta.
Fomos andando devagar,tomando cuidado onde pisávamos.Conforme íamos nos
aproximamos meu estomago ia revirando em nervoso, e minha mente explodia em
pensamentos. Quando chegamos á porta,
começamos á abri-la devagar, como que com medo do que podíamos descobrir lá
dentro.
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- Gwen! Acorde! - Falei
- Gwen, minha amiga, acorde. –
Raiza falou suavemente. Mas sem reação -
Acho que ela esta desmaiada.
- Não.. Ela está tranquila de mais
para quem desmaiou – Falei examinando-a
- Talvez algum remédio para
dormir? - Raiza falou.
- Pode ser... – Falei. Mais fui
interrompido por um guarda, que entrou no lugar.
Como que por instinto, peguei Gwen no colo, e nos preparamos para correr.
Porém, outro soldado entrou no local. Ambos carrancudos, com um olhar de poucos
amigos, o que só piorava por causa do escuro. Eles estavam prontos para pular em
cima da gente, mais fomos mais rápidos, e passamos no meio dos dois. Corremos
até a porta, e saímos do quartinho.
A multidão parecia pior, mais
pareciam que estavam abrindo caminho para nós, o que me deixou muito grato,
pois a coisa só ia piorar se eles ficassem pulando e gritando. Porém isso
também podia piorar nossa situação, pois podia chamar atenção dos soldados. O
que realmente aconteceu.
No final na passarela, formada
pelas pessoas, uns 10 soldados esperavam
por nós. E quando nos viram saíram correndo ao nosso encontro. Quando os vi, fui tomado por uma fúria, a
mesma que me fez levantar WallBrock, na escola. Eles haviam raptado minha melhor amiga, e dado
um remédio para ela dormir. Isso não ia passar em branco! ‘’ Não! ‘’ ‘’
Acalme-se Steeve’’ Pensei. Então, algo inusitado aconteceu. A multidão de
pessoas voou para cima dos soldados e diziam : VÃO! Vão logo!
Então, entendemos que eles estavam
nos ajudando. E saímos correndo. Quando saímos da casa de shows, uma brisa
quente veio em meu rosto. E gritei:
- FireHoop! Conseguimos sair! Venha!
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Logo, ele apareceu no ar,
relinchando feliz, ao ver Gwen. Ele pousou, e chegando perto de Gwen,
resfolegou baixinho. E por incrível que pareça, Gwen começou a se mexer, e
pousou delicadamente a mão no focinho de Hoop:
- Eu estou bem.. Fique calmo.. –
Ela falou baixinho.
E então, ela olhou para mim, e
abriu um sorriso fraco. Seus olhos estavam foscos, porém, ela parecia bem.
Sorri para ela, e falei:
- Conseguimos te tirar de lá..
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Sem perceber, lágrimas escorriam
por meu rosto. Eu estava aliviado. E muito feliz. Eu tinha conseguido salvar
Gwen!
- Vamos lá, Romeu. Temos que
voltar para casa. Gwen precisa descansar. – Raiza falou rindo.
- Para casa? Está maluca? Lá será
o primeiro lugar para eles procurarem! – Falei – Vamos voltar á viagem.
- Não! Gwen acabou de acordar, e
você acabou de sair da cama. Ainda está fraco e precisa dormir! – Ela zangou –
E sem falar nos meus pais. Minha mãe deve estar
enlouquecida, eu não estou em casa á essa hora!
Quando ela mencionou sua mãe, me
lembrei da minha. Como ela estaria? Muito mal?
Como eu pude esquecê-la? Eu já podia ter
encontrado aqueles adolescentes,
achado Peter, e .. A cura para minha mãe.. Se aumenos eu não tivesse desmaiado...
Meus olhos já estavam marejados, meu coração palpitava, e nervoso, eu estava muito
nervoso. Muitas coisas estavam acontecendo, minha vida havia mudado
drasticamente, e tudo isso junto com o imenso cansaço, estava me fazendo
desabar.
- Steeve, vamos descansar ok? Vocês podem ficar nos estábulos, apenas por
essa noite. – Raiza sugeriu.
- Raiza, obrigado, mais temos que
ir... Ficar mais tempo parado não é uma opção
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- Mais Steeve! Você precisa
descansar! E quando Gwen acordar? Como
vai ser? – Raiza indagou
- Me desculpe, mesmo. Mais não
podemos perder mais tempo! Os agentes do prefeito não vão parar. Precisamos
fugit! E por favor, se proteja. Eles ainda vão aparecer na sua casa.
- Mais uma vez, obrigado. Por
tudo. Por cuidar de nós, por vir resgatá-la e.. Desculpa, pela confusão. –
Falei, realmente arrependido.Nós poderíamos ter estragado a vida de uma menina
de 11 anos..
- Bem, se é o que você quer, qem
sou eu para discutir? E se cuide também. Cuide de Gwen e desse garanhão aqui. –
Ela falou acariciando o focinho de Hoop .
Logo senti uma brisa morna e a
tranquilidade percorreu meu corpo. Finalmente estávamos a salvo deles e longe
de tudo. Dos perigos e das preocupações. Virei-me levemente e vi a cidade do Cairo se
distanciando lentamente. Me lembrei de Londres. Será que um dia voltaríamos á
vê-la? Quando fui me virar novamente para frente, senti uma pontada no ombro, e
só então percebi como estava cansado e terrivelmente dolorido.
Meus olhos fechavam e eu já não conseguia me
manter acordado. Porém Gwen se mecheu em meu peito, e eu acordei de verdade.
- Aonde.. –Gwen balbuciou,
serrando os olhos.
- Gwen! Que bom que você acordou!
– Falei sorrindo .
- Steeve, não grite! Acabei de acordar..
– Ela falou fazendo uma careta.
Hoop relinchou alto e
desestabilizou o voo. O que fez Gwen rir e eu gritar.
- Fire! Também estou feliz em te
ver! – Ela falou alegremente.
E então ela virou para mim, e me
perguntou aonde estávamos, e a respondi.
Depois de um tempo, começamos a perder altitude, e Fire
resfolegou .
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- Sono?
-Eu também estou – Falei.
- Bom, então vamos descansar...
Mais aonde? – Gwen perguntou olhando o horizonte.
Agora estávamos em uma floresta,
realmente indo paro o sul.
- De acordo com as minhas
coordenadas, estamos na floresta do Congo, provavelmente em alguma reserva
ecológica. – Falei olhando ao redor .
- Ah, e como é que você sabe?
- Eu sou muito estudioso sabia? As
aulas de geografia, valeram para alguma coisa ... – Falei rindo.
- Ta bem senhor sabe-tudo.
Diga-nos aonde iremos par... – E antes que Gwen
terminasse a frase, FireHoop começou a descer em uma velocidade
impressionante.
O colorido de suas asas apareceu
novamente devido á luz da lua. Sempre fico deslumbrado ao ver isso, é realmente
bonito .
As montanhas pareciam dançar,
devido a velocidade com a qual descíamos. Quantos por hora? 3 talvez 4 km/h,
estávamos bem alto, acima das nuvens.
E então pousamos por entre as
árvores e Desmontamos FireHoop .
A relva verde, alta batia em minhas pernas e a
brisa fresquinha, parecia me ninar. Olho para cima, e vejo o topo das árvores,
e o seu tamanho.Lua alta, e ...Muitas estrelas, e o ar... Tinha algo estranho
no ar...
Derrepente paro de raciocinar , e o sono me derruba. Já não
conseguia manter mais os olhos abertos. Fazê-lo seria muito difícil. Caio no
chão e a relva roça meu rosto. Viro para o lado,e vejo Gwen e FireHoop já no
chão, dormindo. Olho para cima
novamente, e tudo escurece.
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